terça-feira, 6 de março de 2007

Caminho


Em breves passos por ruas incertas
Prosseguia…
A energia da alma esvoaçava da minha mente
Para lugares desconhecidos
(Ou inóspitos?)
Onde os meus dedos não chegaram…

Dessedento a lógica,
Sacio a razão…
Debalde!
A minha alma está só,
Alimenta-se na ausência!
E na minha caminhada nocturna
Calco as estrelas no trilho da saudade,
Deslizo pelas avenidas do meu sonho…
Procuro-te nas avenidas das minhas veias,
Invento-te em mim ao som dos meus passos…
Sigo-te,
Dobro as esquinas do teu corpo,
Bato à porta da tua boca,
Penetro-te!
Entrego-te o lume dos meus desejos,
Consumo o teu corpo em carícias desmedidas,
Preencho-te cada recanto de pele macia,
Sopro-te fantasias ao ouvido,
Incendeio os teus fantasmas…

E quando os teus lábios devoram a minha luxúria
Sais de ti,
Entras em mim
Numa madrugada infinita
De prazeres proibidos!
Esqueço os caminhos, as avenidas, as vielas…
Só sei o caminho do amor em ti!