quinta-feira, 10 de maio de 2007

Fóssil



De alma destroçada,
Não me conheço.
Deambulo por estas praias da vida,
Mas apetecem-me os rochedos mais além!
Olho o mar revolto,
O céu pintado de memórias
E apanho a saudade caída a meus pés!
Deambulo descalça!
O caminho que demando
É feito de areia movediça!
Cheira a mar,
Mas é lodo.
São os pensamentos de sal,
Temperando a minha recordação,
Que fazem as gaivotas soprarem maresia das suas penas!
Enquanto me afundo,
Sinto-te,
Olhando as marcas que deixaste nas minhas areias...

O vento sopra,
Sopra,
Tenta apagar as tuas pegadas...
Fossilizadas!...