sábado, 3 de março de 2007

Enigma




Disfarçadamente,
Insinuo-me por entre as franjas do tempo...
Entre as fronteiras do passado e do futuro
Consigo encontrar-te,
Sombra luminosa de ti
Reflectida na tela da minha imaginação...

Do outro lado me escondo e dispo a alma.
Cubro-me com as vestes solitárias de uma noite sem estrelas!
Procuro descolar as minhas asas,
Readquirir o meu brilho...
Vejo-te ainda e caminho para ti!
Vens sorrindo,
Trazes nas mãos o enigma de ti,
Eu levo na pele a resposta que não aceitas.
Por instantes que valem séculos
O meu coração palpita,
Parte para te colher...

Uma doce ansiedade provoca-me arrepios de lume,
Derrubo o espaço e cruzo o teu céu!...
Mas o fino véu que me separa de ti
Torna-se a minha mortalha!
Encontro-te dentro de mim...
Para te sentir partir...