sexta-feira, 20 de julho de 2007
Saudade
Dobram os sinos!
Dos ingredientes raros que te compunham,
Guardei-te a alma
Entre um beijo e uma carícia inventada!
Guardei o teu manso deslizar,
Guardei tanta coisa na Saudade
Que quase me afoguei nela!
Submersa nos desejos,
Tornei-me a tua noite
E vagueei nos teus cheiros húmidos...
No fundo da minha dor,
Encontrei a despedida,
Ofereci um sorriso à nostalgia,
Deslizei pelas labaredas da dor,
E nas estrelas de outro céu,
Te sussurrei de longe
Gotas de paz!
Soltei a minha alma,
Emergi da paixão,
Voltei a respirar
E afoguei a saudade.
No lume da ternura calma,
Ergui uma pira,
Coloquei lá a dor e a saudade,
Peguei-lhe fogo...
Espalho as suas cinzas pelo oceano
Quando os sinos se calam!
Este é o último poema subordinado ao tema da saudade. O sujeito poético partirá para a viagem final - na próxima publicação iniciará a sua viagem para a desilusão.
7 comentários:
Belíssimo poema!
Em cada pincelada, solta-se a palavra da saudade e do adeus!
Beijos da
Maria
Gotas de paz e estrelas dum outro céu...
No fim das labaredas, por mais rasgos de dor que nos firmamentos risquem, restam só as cinzas que diluídos no Mar a nada se restringem.
Olá Poesia
Lindas palavras que nos transportam em viagem ao mundo dos sentidos.
Beijo
O guardar das recordações no cofre da saudade esbatida pela calma e pela dor.
Bom fim de semana
Bjs Zita
Intenso poema!
Este espaço é de grande qualidade e voltarei mais vezes pelo prazer de ler.
Obrigado
Olá, Goreti!
Parece que apanhei uma das transições de que me falaste...ou não é bem assim?
Beijinhos
Um poema lindo! Deixo-te beijinhos embrulhados em abraços
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