domingo, 31 de dezembro de 2006

Morte


Nas minhas fantasias de ontem,
Espreito de um céu que não conheço
E abraço as estrelas que não vejo!

A insónia embala-me num estremecimento ...
A dor espicaça-me a mente
E não sei para onde fugir!

A maciez da minha voz esgueirou-se,
Ficou a rispidez do medo,
A ânsia da fuga que não descortino!

Guardo o cheiro de carícias que não quero,
A dor de suplícios ousados e desusados,
Numa angústia encravada no coração!

Fecho os olhos e peço a morte,
Mas a tua prece é maior que a minha
E eu continuo moldada na vida que não quero!