sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Loucura de poeta

“- No limiar do sonho,
transportas as portas do sono,
busco o que não ponho,
colho trigal sem dono.


Semeei grão em terra minha,
não colhi porque não quis,
cobiço cachos de outra vinha,
delícia que não se diz!


Doces frutos, doirados
por alegre sonho anil,
um a um vindimados
em sonho, ilusão...” Senil!


Louco poeta, olha o céu, o mar,
as árvores e os pássaros alegres,
o sol, as estrelas e o luar,
à paixão não te entregues!


Amor, felicidade e paixão.
qual azeite e água na candeia,
não se misturam nunca, não,
e fácil o fogo se lhes ateia.


Paixão arde em lume vivo,
Amor em puro lume brando
Felicidade, parece castigo,
nunca vai onde a mando!


Louco poeta, esquece as almas!
Ninguém as tem iguais à tua.
À loucura batem palmas,
mas não a querem como sua!


Vive o Mundo desta era,
esquece o de antanho!
Qual leoa, dura e fera,
trepa ao alto do lenho!


Olha de lá a Terra, os Homens,
A Vida e o Sol poente...
E diz que só um sonho tens:
Encarar a Vida de frente!




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