terça-feira, 15 de maio de 2007

Roda do tempo




Perdida,
Entre o meu mundo e o teu
Encontrei a roda do tempo.
Olhei para um lado,
Olhei para o outro...
Ninguém!
(só a saudade espreita!)
Aproximei-me!
Voltei a olhar!
Ninguém!
Num só impulso,
Fi-la rodar
(ao contrário!)
E recuei no tempo.
Entre lençóis volta a ser Verão!
Enlaças-me,
Saboreio o paladar quente da nossa paixão,
Derreto sob o calor da tua língua,
Evaporo-me sob as tuas carícias de fogo!
Nesses momentos escaldantes
Transpiramos emoções,
Deixamos arder a lucidez
Nas chamas do prazer
Que em nós lavram!
A luxúria acena-nos do corpo de cada um
E loucamente nos entregamos,
Colamos,
Fundimos
Incansavelmente...

Mas, lentamente,
A roda do tempo dá conta do erro,
Encontra-se,
E volta a chover!