Homem, homem de olhos de aço,
Olhos de glaciar ao frio
Do vento Norte de meu Espaço
Vazio...
Olho-te! Não te sinto pulsar,
És vulcão já extinto.
Toco-te! Estás em outro lugar,
Sinto...
És Nada e eu ainda sou Tanto...
Sou ferida que só tem cura
Na Morte, como tu sem encanto,
Dura...
Onde foi teu carinho?
Onde tua ânsia de amor?
Ficou pelo caminho!
Desamor...
segunda-feira, 26 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Abraço de morte
Frias, negras e insatisfeitas,
De dedos longos e garras brancas,
Exalam odores fortes; desfeitas
Se deitam oferecendo as largas ancas.
Atacando cavernames indefesos,
Tonantes arrastando meigas toninas,
Glaciais, mantêm, porém, acesos
Desejos de leoas assassinas.
E arrastam, puxam tudo e nada
Como se comestível e escolhida
Fosse a vida já esladroada
Da pelanga engrunhida.
Pobres, enfermiços, já entisicados
Sem ar, loucamente rodopiam...
Perdendo forças, de vontade estropiados,
Buscando a paz...expiram!
Em teus braços fortemente enlaçados
Os pescadores perdem peixe e nau!
Ó ondas, morte dos desgraçados,
Fazei de vossa espuma vau!
Deixai passar quem ama a vida!
Jogai água fora os perdoados!
Sede cáustico de quem tem ferida
Em corações loucos, desesperados!
De dedos longos e garras brancas,
Exalam odores fortes; desfeitas
Se deitam oferecendo as largas ancas.
Atacando cavernames indefesos,
Tonantes arrastando meigas toninas,
Glaciais, mantêm, porém, acesos
Desejos de leoas assassinas.
E arrastam, puxam tudo e nada
Como se comestível e escolhida
Fosse a vida já esladroada
Da pelanga engrunhida.
Pobres, enfermiços, já entisicados
Sem ar, loucamente rodopiam...
Perdendo forças, de vontade estropiados,
Buscando a paz...expiram!
Em teus braços fortemente enlaçados
Os pescadores perdem peixe e nau!
Ó ondas, morte dos desgraçados,
Fazei de vossa espuma vau!
Deixai passar quem ama a vida!
Jogai água fora os perdoados!
Sede cáustico de quem tem ferida
Em corações loucos, desesperados!