quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Paz




Do encanto dos momentos de carinho que vivemos
Em tardes calmas
O sentimento que flui é intenso.
As tuas carícias suaves, lentas e demoradas
Mergulham-me num banho de meiguice roubado a um lago inventado.
Passeias-te na minha pele,
Delicio-me no prazer que emerge de cada milímetro de mim,
Por onde as tuas mãos vagueiam perdidas dos sentimentos…
Nas minhas entranhas sinto aflorar uma loucura
E nenhuma serenidade de beijos doces a trava.
Imersa na ternura que nasce de ti,
Recebo- te…
Não há tranquilidade de espírito,
Apenas a harmonia do sentir perpetua as sensações que prolongo…
E este momento é só meu.
A minha alma toca-te para lá da pele,
Entranha-se na tua,
Aninha-se entre o espaço mínimo que os nossos corpos deixam entre si.
A música que soa desliza do meu coração,
Soa baixinho nos suspiros que os meus lábios soltam,
Sedentos te beijam,
Roçam a placidez e a quietude de quem não está!
Este momento é eterno como o infinito do céu,
A sintonia que existe em nós não se sente nem se vê,
Porque não existe,
Emana,
Como um perfume,
Desprende-se das emoções que não consigo conter.
Envolvida no silêncio do aconchego e do conforto deste abraço,
Assim fico perdida em ti, por tempo incerto,
E apenas sei que a missão que ambos trazíamos tatuada na alma foi ali cumprida.
Na beleza de um paraíso perdido em lugar nenhum,
Entre esperas, ilusões e sonhos…
Reina finalmente a Paz!