quarta-feira, 20 de junho de 2007

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Faço deslizar a minha vida
Entre o tempo e a eternidade,
No universo da tua pele.
O meu mundo perde a forma,
Os horizontes que a minha vista alcança,
Oblíquos e desfocados,
Estão em rota de colisão
Com a amálgama dos meus sentires...
Brotam da minha pele máscaras astuciosas,
Tolamente enformadas no desejo!
A tua pele cruza-se com a minha
No brilho misteriosos da Saudade,
E, num labirinto de carícias,
Possuo-te numa história inacabada,
Escrita pelo punho solitário do Amor.
Finjo-me analfabeta
E folheio o teu prazer
Em perguntas sem resposta,
Materializadas em sorrisos inacabados
De uma paixão incompleta,
Desenhada a ferro e fogo
Nas páginas nuas da minha alma!