terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Parados no tempo

As luzes invadem o nosso quarto,
Espreitam da rua,
Curiosas...
Fecho as cortinas,
E na penumbra que nos envolve,
Procuras-me,
Testemunha do teu momento de paixão!
Sobre a cama imensa,
Encontras-me...
A música que nos invade
Vinda da rua ou de nós mesmos
Domina a atmosfera pesada de desejo...
Os nossos corpos não querem dormir,
Apenas amar,
Amar como se nunca nos tivéssemos amado!
Tombada sobre os lençóis de seda,
Escorrego para o teu corpo,
Toco-te,
Quero-te,
Beijo-te...
E, na imensidão do céu que nos espia,
Deslizas sobre mim!
O ritmo alucinado de dois corpos que se unem
Guia – nos o prazer!
Para além dos continentes e oceanos,
Sou tua,
És meu!
Devoras-me em beijos de línguas húmidas...
Deixas em mim a seiva que o meu corpo colhe...
Possuo-te em cada espasmo!
Dou-me em cada contracção!
A luz baixa sobre os nossos corpos suados,
Parados para o tempo!