sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Futuro adiado

O céu pesado de nuvens
Cinzentas, escorrendo dor,
Choram e tu não vens
Cansado de meu amor...

Rasgam-se às asas leves
De mil gaivotas de cor
Branca entoando, breves,
Um concerto em dó menor...

Não vens e elas gritam,
Como eu, por quem não vem
E meus braços se agitam
Numa força que já não têm!

Solto-me no ar pesado
De chumbo, como meu peito,
Num Futuro adiado
Para sempre em seu leito!