quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Envelope


Entrego-me ao momento,
Instante que rouba o sonho;
A alma encontrada se perde
Nas premissas impostas…
Livre na ilusão,
Solta no sonho,
Vazia de lógica,
Perde-se na solidão do Mundo
Onde tudo é sentido e razão!
Caminho à procura da Eternidade,
Perco-me na imortalidade de sentimentos
E os meus sentidos,
As minhas esperanças,
Perdem-se,
Transposta a porta para o mundo…
Ali podíamos,
Feitos de nada,
Deixarmo-nos guiar pela luz
De encontros nado-mortos…
Procuro a chave para regressar…
A estrada tornou-se outra,
Esburacada e íngreme,
Apenas se deixa percorrer pelo silêncio e saudade!
Envolvo-me em sentimentos inconfessos,
Encontro-te nas dúvidas,
Enlaço-te nas incertezas,
Caminho ao lado dos receios…
Fecho-me num envelope
Perfumado de ti,
Preenchido de palavras,
De sonhos,
Passes de mágica inventados noutros tempos!
A ti o remeto…