quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Conto proibido

Durmo ao luar,
Perfumo-me de sol,
Quero ser a tua noite e o teu dia!
Alimento-me dos teus sentidos
E dos teus feitiços...
Vem... mistério estrelado,
Revela-te nas fases da minha lua,
No eclipse do meu sol...
Quero mostrar-te os anjos nus da minha alma,
Na caverna do meu ser!
À noitinha, nos meus braços,
Na pureza do meu sonho,
Colherás as minhas letras,
E os dedos que as pintaram,
Assustados,
Perdidos,
De tanta ousadia!
Traz nas entrelinhas a luz
Para podermos,
Bem juntinhos,
Ler os dois
Este conto proibido...

Mensagem

Lanço-me rumo ao mar
De palavras em riste!
Olho o céu,
Sou a última sonhadora
Desafiadora de limites nunca antes sonhados!
Mas nem eu mesma conheço
O conteúdo da minha mala de viagem,
A velocidade das minhas barbatanas,
O rumo da minha cauda!
Deixo-me levar por estes dedos que caminham
Num céu de palavras
Em papéis brancos de viagens!
Desenho a minha alma numa folha de papiro,
Fecho-a numa garrafa
E lanço-a ao mar!
Ela vai procurar os teus dedos e os teus lábios,
Lamber o teu peito de sol,
Sugar a humidade de tua boca!
E nestas minhas frases sem Tempo
Possuo-te com o prazer da dor
De possuir sem posse!
Quero-te!
Apanha as minhas letras
E os meus versos!
Faz com eles uma história de amor!