terça-feira, 21 de agosto de 2007

Chave

Vejo novelos de desdém nos teus olhos,
Muralhas intransponíveis
Erguendo-se todas as manhãs
Contra a luz colorida dos meus!
Nesta corrida desenfreada
Fico cega,
Espero uma magia,
Uma chave para as tuas portas cerradas!

No fosso que te separa de mim,
Outrora riacho em que acendia a lua,
Afundam-se sonhos,
Calam-se sinfonias de amor…
E na densidade das suas águas enlameadas
Asfixiam-se as ilusões
E flutua o uso que fizeste de mim!

Que chave abrirá os teus cadeados?

Que chave me abrirá o regresso a ti?

Que chave me soltará do cadafalso a que subi?