quinta-feira, 30 de outubro de 2008

As tuas letras

Oferece-me as cores das tuas palavras,
Humedece a brisa da minha alma,
Passeia a tua folhagem de letras
Na pele das minhas pálpebras,
E deixa-me ler os gritos do teu coração!
Nos teus dedos, transporta a tua boca,
Vem procurar a minha e rouba-me suspiros!
Dilui a paixão que fizemos acontecer
Ou deixa fluir a seiva que brota de nós!
Sacia as minhas loucuras secretas,
Mistura-te comigo,
Em tons e cheiros
De mar imenso!
Enlaça as tuas pernas nas minhas,
Sê a minha raiz
E o meu veleiro!

sábado, 25 de outubro de 2008

Aplainar o tempo

Aplaino o tempo
Na inconstância do vento,
No querer do sonho,
Aplaino o tempo
E a vida
Vivida a haustos
E desesperos…

Mas o tempo,
Ingrato sedutor,
Imortal e ubíquo,
Surge, de novo,
Montanhas e vales à desfilada…

Só o eco me responde
Dessa fronteira intransponível!
Precipita-se no abismo
A vontade,
O sonho
E a vida…

O teu braço estende-se…