terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Ilusão de óptica




Este é o meu desejo dissimulado,
O meu devaneio inquietante,
A minha demagogia...

Em metáforas abusivas
E flocos de poesia soltos ao vento,
Perco-me por aí sem encontrar a tua rima.
Junto palavras e invento cores na minha alma,
Tento decifrar-te nas entrelinhas,
Mas apenas encontro,
Na carícia das letras,
Pedaços de ti,
Das tuas mãos macias,
Dos teus lábios quentes...

E frases apetecidas desenham-se
Em capítulos que o Infinito escreve.

Roço os meus olhos alucinados por cada uma.

E têm todas o mesmo traço e o mesmo gosto!
Numa ilusão de óptica,
Apenas dizem”amo-te muito”!...