quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Amo-te


Chamam-me do lado de lá,
Do futuro adiado,
Espero...
Quero pensar, mas a voz continua,
Ou o seu eco!
Por favor, calem-se!
Quero pairar sobre mim,
Descobrir o que é este entranhar-me
Em sentimentos desconhecidos,
Estas emoções mágicas
De sonhos transformados em nuvem
Voando até ti!
Lancei as minhas palavras em letras soltas
Em bolas de sabão que sobem,
Sobem ...
Quando elas rebentam no ar,
As letras juntam-se num bailado,
E no céu apenas se lê:
Amo-te!
No azul, as letras fazem uma dança de roda!
Em todas as posições, dizem sempre o mesmo.
De mãos dadas,
Não mudam de posição,
Não se desencontram
E só se lê: amo-te!

Vento

Confinada ao ritmo do tempo que sei,
Afasto-me de ti...
No ar fica o perfume das tuas mãos
Dançando num teclado de estrelas
Enviando mensagens às minhas...
Assim, a saudade não tem cheiro
E as nossas peles não se dispersam
Num universo vazio de nós!
Fundidas,
Tocam melodias de ventos mansos,
Brisas suaves,
Levantando a orla da minha saia!
E nas minhas pernas perversas
Ele deixa recados de almas que não decifro,
Por demasiado loucas...
Gira-me em torno do corpo,
Lambe-me os joelhos...
E em cada segundo
Deixa uma espera
Que o futuro resolverá!