sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Distância


Passeio-me no teu silêncio,
Mas perdi as palavras...
Na saudade de ti,
Deixo esvoaçar as tintas que me pintam o pensamento!
Neste tempo que se não esgota,
Nem se consome,
Deslizo sobre os momentos da lembrança...
Na minha pele nua,
A névoa do sonho tolda a vida
E a paz!
Na fronteira entre os teus lábios e os meus
Desliza a paixão,
O teu cheiro que não sei...
Nos minutos paralisados das nossas carícias
Transponho o vazio do som
E ouço a melodia doce e agra
Do teu corpo à minha espera...
E os ponteiros do tempo,
Jogando contra nós,
Andam num inverso desesperado
Afastando –me o teu abraço!
Concebo os teus beijos e a tua ânsia
Num tempo invertido...
Distância...