sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Destroços



Rastejo no vazio,
Procuro a luz da tua mão,
As respostas às perguntas que não fiz…
A dor empurra-me,
Não tenho forças…
De encontro ao chão sufoco,
Não consigo pensar!
As lágrimas esvaziaram-me a alma!
O sofrimento alongou o tempo
E o discernimento ficou soterrado
Sob o monturo de escombros
Das paredes que o Amor não construiu!
Olhei de perto os destroços…
Lenta e sofrida, olhei-os de perto.
Ao teu lado,
Feri as minhas mãos de fantasia
Na tentativa de reconstrução.
Não pude!
O fim anunciado inundou-me.
Fiquei presa nos despojos do passado!
Estendi a mão
Num pedido mudo de socorro.
Não ma seguraste.