sábado, 26 de maio de 2007

Não vieste




Penso em ti,
Mistério de memória pintada em minha alma,
E esqueço-me de mim,
Respiro-te no Sol que me aquece
E aspiro-te nos aromas da saudade!

Procuro-te por entre as árvores do nosso jardim encantado,
Deambulo entre ramos e lianas que me impedem o avanço,
Tropeço no emaranhado das raízes que se libertam da terra…

E o gemido das folhas secas esmagadas pelos meus pés
Soa-me ao teu nome!
O perfume das flores sussurra-me que virás…
E os fracos raios de Sol
Penetrando a sombra
Desenham no chão o meu caminho para ti!

Cheguei,
Esperei
E desesperei na ânsia de ti!
Despi-me do desgosto,
Vesti-me de ânsia e carícias
E ofereci-me às tuas mãos que não vieram.
Soltei o meu desejo
E fiz dos meus dedos os teus.
Escondida entre os ramos da paixão,
Fui onde tu não quiseste ir…

Amei-me apaixonadamente
Num momento que tu não viveste!