segunda-feira, 17 de março de 2008

Solidão

Caminhante solitário
da rua nua e crua,
da felicidade, retardatário,
da dor, acérrima pua,
pensa estar só, mas não.
Nas ruas cheias de gente
à sua volta outros estão
e sentem o que ele sente!

Neste mundo de flâmeos seres
que se limitam a coruscar
entre o ser e...os pareceres
de almas corticentas a valsar
não estás só, comissário da dor,
nessa tua solidão indelével!
De um só hausto respiro a cor
desse corcel indomável
que percorre nosso peito,
sem rédeas, imparável,
às lutas bem afeito,
de negro insaciável!

Vem, Sol, desacerbar
a angústia do vazio!
Vem, Lua, exceptuar
nosso Destino vadio!



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