terça-feira, 4 de setembro de 2007

Loucura

Tenho a alma moída
Da loucura que paira em mim,
Esqueci a fronteira entre o querer e o desejar
Sob o efeito da tua força...

Usada e assustada,
Fico de rosto cansado,
Triste,
Num grito agoniado
E de mãos vazias de paz.
O travo amargo da solidão
Constrói uma calha para a loucura,
Escorremos por ela até às memórias de ontem
E esquecemos a esperança do amanhã!
Desorientada,
A caminho dos teus olhos,
Sinto tanta coisa,
Na imensidão do meu desespero,
Que não vejo quão frios e insensíveis se tornaram...

A minha loucura tem vontade de me abraçar,
Tem vontade de me aconchegar no silêncio da raiva...
Sinto tanta coisa... tanta...

Ai lucidez enlouquecida,
Que tens para me dar?