sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Destroços



Rastejo no vazio,
Procuro a luz da tua mão,
As respostas às perguntas que não fiz…
A dor empurra-me,
Não tenho forças…
De encontro ao chão sufoco,
Não consigo pensar!
As lágrimas esvaziaram-me a alma!
O sofrimento alongou o tempo
E o discernimento ficou soterrado
Sob o monturo de escombros
Das paredes que o Amor não construiu!
Olhei de perto os destroços…
Lenta e sofrida, olhei-os de perto.
Ao teu lado,
Feri as minhas mãos de fantasia
Na tentativa de reconstrução.
Não pude!
O fim anunciado inundou-me.
Fiquei presa nos despojos do passado!
Estendi a mão
Num pedido mudo de socorro.
Não ma seguraste.

7 comentários:

rui disse...

Olá Poesia

O poema está lindo, isto é, bem escrito. Mas dói a quem o lê.

Beijinho

António disse...

Olá!
Muito boa esta descrição, via poema, do destroçar de uma parte da vida.
Mas há outras vidas!

Beijinhos

Isa e Luis disse...

Olá,

Belo o teu poema, apesar da tristeza relevante.

Gostei muito de te ler.

Beijo!

Isa

poetaeusou . . . disse...

METAMORFOSE
estou aqui.
sem passado.
não quero respostas.
de mudas perguntas.
reestruturar, só.
mãos feitas socorro.
unindo destroços.
amorar vazios.
desfantasiar a fantasia.
entrelaçar dedos.
dando-te as mãos.

bj)

Isamar disse...

Embora perpassado de tristeza tem uma beleza que fascina. Gosto da tua poesia.
Beijinhos

Bruno Pereira disse...

então andas sempre a chatear-me para eu escrever alegre e vens me com este? nah pode ser!!!

o alquimista disse...

A vida é uma comédia de enganos...os protagonistas nem sempre os melhores...mas vale a pena continuar no palco...


Doce beijo