quarta-feira, 14 de março de 2007

Quero-te



Pouso os lábios na curva do teu pescoço,
Aspiro-te,
Colho pedaços de ti,
Guardo-os na ponta da minha língua,
Saboreio-te de encontro ao meu palato!...
Solto um suspiro e exalo incenso!
Respira-me,
Colhe-me no hálito a paixão,
Devora-a
E perfuma-me a pele com o teu suor!
Toma-me,
Eleva-me do chão,
E sonha comigo um amor de céu!
Conserta a minha pele rasgada pela tua falta,
Costura as feridas que sangram de ausência,
Anestesia o meu ventre que dói no teu não!
Quero-te!...
Mas o sonho findou!

5 comentários:

Mário Margaride disse...

A vontade do querer
Não devem ser só, palavras belas
Terá que ser a vontade, de concretizar esse querer, de dentro do coração.

Beijinho

Narcisus disse...

Maravilhosamente belo.

Um pouco triste, mas de uma beleza extrema.

Todo este poema, do princípio ao fim exala AMOR. Um amor perdido,talvez.

Beijos

António disse...

Querida Goreti!
"Pouso os lábios na curva do teu pescoço.
Aspiro-te".
Que estupenda introdução para um poema do conde Drácula.
ah ah ah
Agora a sério: gostei deste poema; tem muita força (aliás como quasi tudo o que escreves).

Beijinhos

João Cordeiro disse...

Porque será amiga, que acordamos sempre, mas sempre no melhor?

Que "xatice"


Beijinho

foreveryoung disse...

Que pena o sonho ter terminado...
Bjs