terça-feira, 4 de setembro de 2007

Loucura

Tenho a alma moída
Da loucura que paira em mim,
Esqueci a fronteira entre o querer e o desejar
Sob o efeito da tua força...

Usada e assustada,
Fico de rosto cansado,
Triste,
Num grito agoniado
E de mãos vazias de paz.
O travo amargo da solidão
Constrói uma calha para a loucura,
Escorremos por ela até às memórias de ontem
E esquecemos a esperança do amanhã!
Desorientada,
A caminho dos teus olhos,
Sinto tanta coisa,
Na imensidão do meu desespero,
Que não vejo quão frios e insensíveis se tornaram...

A minha loucura tem vontade de me abraçar,
Tem vontade de me aconchegar no silêncio da raiva...
Sinto tanta coisa... tanta...

Ai lucidez enlouquecida,
Que tens para me dar?

9 comentários:

António disse...

Minha querida Goreti!
Está magnífico este grito de desespero.

Beijinhos

poetaeusou . . . disse...

*
Sinto tanta coisa,
,
boa, menos boa,
como nós todos, afinal ...
,
xi
*

Lúcia Laborda disse...

Todos nós temos nossos momentos loucos e ainda bem que o temos, ou piramos de vez. Belo poema!
Bom fim de semana! Beijos

Vera Carvalho disse...

Como é habitual adorei este travo amargo da solidão que nos leva à loucura.
Abraço.

Lúcia Laborda disse...

Passei por aqui e deixei beijinhos e votos de uma semana feliz!

Jorge Bicho disse...

como sempre é loucura ler-te e reler-te. sabes-me tão bem

beijos
JB

António disse...

Tens andado muito ausente!

Beijinhos

poetaeusou . . . disse...

*
passei
*
abç
*

Páginas Soltas disse...

Está soberbo este poema!

Gritou a poetisa em ais de lamento!!

Como te compreendo...

Beijinhos da

Maria